Vereador questiona falta de divulgação sobre tombamento de área no entorno da Estação Ferroviária, que engloba até a antiga Cipla
O vereador Cassiano Ucker fez um pedido de informação para fiscalizar o processo de tombamento, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de uma grande área no entorno da Estação Ferroviária, no bairro Anita Garibaldi. O polígono compreende inclusive grandes empresas e imóveis como a Cipla, que acaba de ser vendida para o Condor. A intenção do pedido de informação é esclarecer os objetivos desse processo, e questionar se foram realizadas audiências públicas sobre o assunto, já que numa consulta prévia a proprietários de imóveis nesta área, muitos dizem que não foram comunicados e estão preocupados.
O processo de tombamento é descrito em documentos do Iphan, como a Minuta de Portaria de 2018, e também no Aviso de Consulta Pública n° 2 de 2022, no Diário Oficial da União. Há também documentos como uma ata de reunião da Secult, realizada dia 24 de novembro de 2021. Nesta reunião, teve quem elogiou a importância dada ao patrimônio industrial, e a proteção do entorno da área da estação. Já outros questionaram o potencial de construção e aconselharam uma consulta à Sepud.
Há, inclusive, um parecer da Secretaria de Planejamento Urbano (Sepud), encaminhado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), que expõe a intenção da Prefeitura em construir avenidas com 20 metros de largura na área sobre o traçado ferroviário, quando foi realizada a chamada obra do Contorno Ferroviário. Mas, caso o tombamento seja aprovado, o projeto pode ser inviabilizado.
“Fizemos uma pesquisa documental prévia e protocolamos esse pedido de informação para entender porque o assunto não foi amplamente divulgado”, afirma o médico e vereador, Cassiano Ucker. Por que não foi realizada nenhuma audiência pública? Por que os donos de imóveis nessa área não foram informados? Queremos entender”, questiona.